segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

querido diário


{registado nos jardins da Gulbenkian,
depois de uma conversa telefónica sobre serotonina}

4 comentários:

  1. As borboletas lutam por um telemóvel (é minúsculo não se vê a olho nu).

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  2. ...mas estas lindas e poéticas borboletinhas, também podem estar numa festa com Shakîr, um certo poeta de um certo poema que te falei. (a estimular serotonina, certamente)

    "Amor e um gato persa

    Shakîr, o poeta, apaixonou-se por uma rosa.
    Mas a paixão não durou muito: dois ou três poemas, não mais do que isso.
    Depois, enamorou-se de um rouxinol, que acabou por trocar por um cipreste.
    Seja como for, também este foi sol de pouca dura.
    Tomou-se então de amores pelo vinho, que o iniciou em certas festas licenciosas com borboletas.
    E por ai fora.
    A mulher do poeta de tudo sabia e tudo suportava com uma infinita paciência.
    Um dia, porém, decidiu pagar-lhe da mesma moeda.
    Em breve o velho poeta descobriria, no meio do mais puro horror, que a mulher o enganava com o seu gato persa."

    Rui Manuel Amaral.

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